sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A Metáfora, Parábola, e Fábula em Psicologia



A Metáfora, Parábola, e Fábula em Psicologia



         A Psicologia deve buscar compreender o individuo a partir da inserção desse homem na sociedade. Nesse sentido, a ciência psicológica se utiliza de algumas técnicas e linguagens, sobre tudo simbólicas, como as metáforas, parábolas e fabulas.



       Metáfora vem a ser uma figura de linguagem em que há o emprego de uma palavra ou uma expressão, em um sentido que não é muito comum, em uma relação de semelhança entre dois termos. Metáfora é um termo oriundo do latim, onde "meta" significa “algo” e “phora” significa "sem sentido".



      Já a parábola, do grego parabole, significa narrativa curta, não raro identificada com o apólogo (narrativa semelhante a fabula, porém protagonizada por objetos inanimados). A parábola consiste num discurso que faz entender outro. Se valendo se fatos do cotidiano para explicar ou transmitir algo, ou seja, sempre com o objetivo de declarar ou ilustrar uma ou várias verdades.



     Fábula é uma narração breve cujas personagens via de regra são animais que pensam, agem e sentem como os seres humanos. Esta narrativa tem por objeitvo transmitir uma lição de moral. Logo se entende por moral como regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo. Derivado do latim mores, que significa relativo aos costumes, moral é definido como "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada" (Aurélio Buarque de Hollanda).

     Pode se afirmar, que essas linguagens, carregadas de simbolismos, se tornam ferramentas eficazes quando que se trata de estimulo do raciocínio lógico do indivíduo em diversos casos de psicoses.



Michel Sampaio Ferreira



REFERENCIAS:

BOCK, A.M.B. Formação do Psicólogo: um debate a partir do significado do fenômeno psicológico. 1997. Disponível: www.pepsic.dvsalud.org - Acessado em 18/09/2012, 15:43h

http://www.dicionarioinformal.com.br/moral/

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Conceitos de Psicologia, Psiquiatria, Psicanalise e Subjetividade

Conceitos: Psicologia, Psiquiatria, Psicanálise, Psicologia Organizacional 


Conceituações de Psicologia:


O Homem concreto é objeto da Psicologia: A Psicologia deve buscar compreender o individuo a partir da inserção desse homem na sociedade. O individuo só pode ser realmente compreendido em sua singularidade quando inserido na totalidade social e história que o determina e dá sentido a sua singularidade (BOCK, 1997)

 (...) Esses autores criticam a definição habitual de psicologia como ciência do comportamento, pois segundo eles, há dificuldades em definir comportamento, além de esta definição está enraizada nas correntes neopositivistas e materialistas. Nesse sentido, (...) ao ignorar o enfoque da subjetividade, a psicologia se torna refém do mito ou ideologia de cientifismo. Deve-se então recuperar o sentido da Psicologia como estudo da alma ou da subjetividade (...) onde a ‘alma’ pode ser vista como uma metáfora da psique. (SERBENA&RAFFAELLI, 2000)



Conceituações de Psiquiatria:

(...) ciência que se dedica ao estudo e tratamento das enfemidades mentais. Seu objetivo é prevenir, diagnosticar, tratar e reabilitar os transtornos da mente. (GRAEFF, 2008)
O alemão Emil Kraeplin (1856-1926) é citado como o ‘pai’ da Psiquiatria e foi o responsável por incluí-la no campo da Medicina. Seus tratamentos subdividem-se em biológico (medicamentos, eletrochoque...) e psicoterapia, (onde se recorre ás técnicas da Psicologia). Há, contudo corrente de pensamento que apontam a Psiquiatria como uma não ciência.


A obra – A Psiquiatria só será ciência, a última das ciências médicas – do médico Lewis Thomas, condiciona a cientificidade da Psiquiatria a ‘quando conhecermos com precisão o mecanismo fisiopatológico das doenças mentais’. Segundo o autor isso está muito longe de acontecer, devido a complexidade do cérebro e ao peso dos fatores psicológicos. (SABBATINI, 1998)


Conceituações de Psicanálise:


Sigmund Freud, austriaco, considerado o fundador da Psicanálise, a qual seria uma vertente da Psicologia que busca explicar a mente humana a partir da sexualidade e das experiências infantis.


A teoria psicanalítica é composta por um corpo de hipóteses a respeito do funcionamento e desenvolvimento da mente do homem ela se interessa tanto pelo funcionamento mental normal como pelo patológico, embora a prática da psicanálise consista no tratamento de pessoas que acham enfermas. (VINICIUS, 2007)


Conceituações de Psicologia Organizacional:


O termo Psicologia Organizacional e do Trabalho empregado desde a década de 1990, tem por objetivo contemplar a atual diversidade da área, de modo a propor a existência de dois grandes eixos de fenômenos que envolvem aspectos psicossociais: ‘as organizações’, enquanto ferramenta social formado de coletivos humanos e o ‘trabalho’, enquanto atividade básica do ser humano reprodutora de sua própria existência e da sociedade (BASTOS, 2003 in TONETTO-orgs, 2008)


A Psicologia Organizacional refere-se ao estudo do comportamento e da subjetividade das pessoas no contexto das organizações (CAMARGO, 2009 in TONETTO-orgs, 2008)


Conceituação de Subjetividade:


Seria a constituição realizada por processos sociais e psicológicos que moldam a experiência subjetiva em diferentes momentos e históricos. (MEZAN, 1998)


Michel Sampaio Ferreira




REFERÊNCIAS


BOCK, A.M.B. Formação do Psicólogo: um debate a partir do significado do fenômeno psicológico. 1997. Disponível: www.pepsic.dvsalud.org - Acessado em 18/09/2012, 15:43h
GRAEFF. F. Neurociência e Psiquiatria. 2008. Disponível: www.scielo.br/pdf/iod/pc/v18n1/v18n1a03.pdf - Acessado em 18/09/2012, 17:45h
LAPYRE, M; SAURET, M.J. A Psicanálise como ciência. 2008. Disponível: www.spid.com.br/revistas/r402 - Acessado em 18/09/2012, 17:34h.
MEZAN, R. O tempo de muda: Ensaios de Psicanálise. 1998. Disponível: www.books.google.com.br – Acessado em 20/09/2012, 01:12h.
SABBTINI, R. Psiquiatria é ciência? Jornal Correio Popular, Campinas, 03/07/1998.
SERBENA, C.A; RAFFAELLI, R. Psicologia como disciplina ciêntifica e discurso sobre a alma: Problemas epistemológicos e ideológicos. 2000. Disponível: www.scielo.br/pdf/pe/pc/v8n1/v8n1a05.pdf - Acessado em 18/09/2012, 16:02h
TONETTO, A.M; AMAZZRAY, M.R; KOLLER, S.H; GOMES, W.B. Psicologia Organizacional e do Trabalho no Brasil: desenvolvimento científico contemporâneo. 2008. Disponível: www.scielo.br/pdf/psoc/v20n2/a03v20n2.pdf - Acessado em 20/09/2012, 00:15h.
VINICIUS, M. Conceitos da psicanálise e evidencia da Neurociência. 2007. Disponível: www.sbpi.org.br/redator - Acessado em 19/09/2012, 17:26h.

Sofisma, Maniqueísmo e o Materialismo Dialético


CORRELAÇÕES ENTRE SOFISMA, MANEQUÍSMO E O MATERIALISMO DIALÉTICO



 Segundo Japiassu&Marcondes(2001) sofisma vem a ser o raciocínio que possui aparentemente a forma de um silogismo - método de dedução de uma conclusão a partir de duas premissas, por implicação lógica - sem que o seja, sendo usado assim de modo a produzir a ilusão de validade, e tendo como conclusão um paradoxo ou um impasse. Ex.: Este cão é meu, este cão é pai: logo, este cão é meu pai. Segundo Platão e Aristóteles, os sofistas usavam esse tipo de raciocínio para provocar a perplexidade em seus interlocutores ou para persuadi-los. Aristóteles, em seu tratado Refutações sofisticas, analisa os vários tipos de sofismas de modo a revelá-los como falaciosos. Nesse sentido falácia (do lat. ja/tcrr: enganoso) é considerado como argumento envolvendo uma forma não-válida de raciocínio. Argumento errôneo, que possui a aparência de válido, podendo isso levar à sua aceitação.

O maniqueísmo (do lat. tardio manichaeus, do gr. tardio manichaèos, de Manichaios: Maniqueu, do persa Manes, o fundador da seita) é considerada como doutrina criada por Manes (século III), que se difundiu pelo Império Romano e pelo Ocidente cristão, florescendo nesse período. Combina elementos do zoroastrismo, antiga religião persa, e de outras religiões orientais, além do próprio cristianismo. Mantém urna visão dualista radical, segundo a qual encontram-se no mundo as forças do *bem ou da luz, e do *mal, ou da escuridão, consideradas princípios absolutos, em permanente e eterno confronto. O maniqueísmo teve grande influência nos primórdios do cristianismo, sendo combatido por santo Agostinho, que inicialmente o havia adotado. (JAPIASSU&MARCONDES, 2001)

Em um sentido genérico, "visão maniqueísta" é aquela que reduz a consideração de uma realidade a uma oposição simplista entre algo que representaria o bem e algo que representaria o mal.

De maneira que o bem seria tudo o que possui um *valor moral ou físico positivo, constituindo o objeto ou o fim da ação humana. Para Aristóteles, o bem é "aquilo a que todos os seres aspiram"; "O bem é desejável quando ele interessa a um indivíduo isolado; mas seu caráter é mais belo e mais divino quando se aplica a um povo e a Estados inteiros. O Soberano Bem é identificado com Deus: "O Soberano Bem do espírito é o conhecimento de Deus, e a soberana virtude do espírito é a de conhecer Deus" (Espinosa). Assim, o Soberano Bem é o ponto culminante das morais da perfeição.

Logo, o mal, Em um sentido geral, tudo que é negativo, nocivo ou prejudicial a alguém. "Podemos considerar o mal em um sentido metafísico, físico ou moral. O mal metafísico consiste na simples imperfeição, o mal físico no sofrimento. e o mal moral no pecado" (Leibniz). Por um lado, temos o mal como privação, falta, ausência, identificando-se com o não-ser, como algo que não existe em um sentido absoluto, mas apenas como imperfeição, uma limitação de um ser. Assim, a ignorância seria um mal. a imprudência seria um mal etc. (JAPIASSU&MARCONDES, 2001)

Nesse sentido, se fôssemos perfeitos, seríamos Deus, e não mais haveria criação. Toda criatura é menos perfeita que seu criador, somente Deus é incriado. Mas por que o bom Deus permitiu que ficássemos submeti-dos ao sofrimento e ao pecado? A resposta do cristianismo é que o mal é uma provação cuja recompensa será infinita no paraíso. *Kant faz uma distinção entre a "maldade" que reside no ato de se fazer o mal acidentalmente, e a "malignidade diabólica", que procede da vontade de se fazer o mal pelo mal, e concebe a má ação como o resultado de uma escolha deliberada.

A se tratar de maniqueísmo associa-se também a religião que em seu sentido geral e sociocultural, a religião é um conjunto cultural suscetível de articular todo um sistema de crenças em Deus ou num sobrenatural e um código de gestos, de práticas e de celebrações rituais. Toda religião acredita possuir a verdade sobre as questões fundamentais do homem, mas apoiando-se sempre numa fé ou crença. Sendo assim, ela se distingue da filosofia, pois esta pretende fundar suas "verdades" ou tudo o que diz nas demonstrações racionais. (JAPIASSU&MARCONDES, 2001)

Sobre o materialismo Na filosofia clássica (sobretudo no *atomismo, *epicurismo e *estoicismo), doutrina que reduz toda a realidade à *matéria, embora o próprio conceito de matéria possa variar bastante, bem como variam as respostas às muitas dificuldades geradas por esta concepção. De modo geral, portanto, o materialismo nega a existência da alma ou da substância pensante cartesiana, bem como a realidade de um mundo espiritual ou divino cuja existência seria independente do mundo material. O próprio pensamento teria uma origem material, como mm produto dos processos de funcionamento do cérebro. (JAPIASSU&MARCONDES, 2001)

A respeito da dialética Marx faz da dela um método. Insiste na necessidade de considerarmos a realidade socioeconômica de determinada época como um todo articulado, atravessado por contradições específicas, entre as quais a da luta de classes. A partir dele, mas graças sobretudo à contribuição de Engels, a dialética se converte no método do materialismo e no processo do movimento histórico que considera a Natureza: a) como um estado de mudança e de movimento: b) como um todo coerente em que os fenômenos se condicionam reciprocamente;  c) como a sede das contradições internas seus fenômenos tendo um lado positivo e o outro negativo, um passado e um futuro. O que provoca a luta das tendências contrárias que gera o progresso (Marx-Engels): d) como o lugar onde o processo de crescimento das mudanças quantitativas gera por acumulação e por saltos, mutações de ordem qualitativa. (JAPIASSU&MARCONDES, 2001)

              Destas considerações de Engels sobre a Natureza se formula quatro leis:


          
          Primeira lei: A mudança dialética que começa por contatar que nada fica onde está nada permanece o que é. Nisto, se observa o movimento dialético e a consideração de que não existe nada de definitivo. Ou seja, há o autodinamismo.

         
         Segunda lei: A ação recíproca, que por meio do encadeamento de processos nos conduz a estudos minuciosos e completos. Temos assim, um encadeamento de processos, que nos demonstra que tudo influi sobre tudo. Nesse sentido, ocorre-se o desenvolvimento Histórico ou em espiral afirmando que o mundo, a natureza a sociedade constituem um desenvolvimento que é histórico, e, em linguagem filosófica, se chama desenvolvimento em espiral.

   
      É a missão em particular do materialismo dialético – reunir todas as descobertas particulares de cada ciência, para fazer a síntese, e dar assim, uma teoria que nos torne cada vez mais, como dizia Descartes, mestres e possuidores da natureza.


     Terceira lei: A contradição onde as coisas se transformam na sua contraria, pois a dialética nos ensina que as coisas não são eternas: tem um começo meio e fim, a morte.


        Toda coisa é ao mesmo tempo, ela própria e sua contraria. Assim no interior de cada coisa existem forças opostas, e estas lutam. Uma coisa é movida por forças que se chocam, pois estas estão em direções opostas. Neste processo tem-se a afirmação – chamada também Tese, negação – ou Antítese, negação da negação – ou Síntese. Onde uma coisa começa por ser uma afirmação que sai de uma negação e a destruição é uma negação. Isto se dá pelo fato de haver a unidade das contrarias, ou seja, uma coisa não só se transforma na sua contraria, ela é ao mesmo tempo ela própria e sua contraria.


       Quarta lei: Transformação da qualidade e quantidade ou lei do progresso por saltos a qual afirma que quando uma coisa não muda de natureza, temos uma mudança quantitativa (no exemplo da água, uma mudança de grau de calor, mas não de qualidade). Muda-se a natureza, quando se torna outra coisa, a mudança é qualitativa.

     
       Contudo, pode se considerar que o sofisma, em sua maneira de emitir falácias com fim de consolidar uma suposta verdade, possui tênue fronteira com a doutrina do maniqueísmo, a qual em seu esforço em reduzir o mundo entre o bem e o mal, pode por vezes utilizar-se de sofismas para realizar-se. Com mesmo fim, a verdade, mas com um viés mais filosófico-ciêntífico, o materialismo dialético em sua complexidade de investigação tenta, de certo modo, contrariar ou desacreditar os sofismas e maniqueísmo existentes e consolidados como verdades absolutas.




Michel Sampaio Ferreira



REFERENCIAS


http://culturareligare.wordpress.com/leis-da-dialetica/

http://meuladoexistencial.blogspot.com.br

JAPIASSÚ, Hilton. MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. 3ª edição revista e ampliada. Jorge Zahar Editora. Rio de Janeiro, 2001. Digitalizado por TupyKurumin.