quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


Voltas as aulas (Kanitz)
Os textos muito motivador e interessante que nos mostra varias reflexões sobre o ensino e sobre as falhas do próprio ensino, e também nos remeter a capacidade de como tomar decisões, mostrar que deveríamos pensar mas ou raciocinar mais.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012




COMENTÁRIO DO FILME

FREUD – ALÉM DA ALMA


“Além da alma”, ou além da consciência, como pode ser definida a busca incansável de Sigmund Freud pela compreensão dos mistérios da mente. Como no inicio do filme Freud garante seu lugar, ao lado de Copérnico – Heliocentrismo e Darwin – evolucionismo nos ‘ 3 grandes golpes” contra a vaidade e visão humana da realidade, com os seus estudos sobre a Inconsciência e a ação da mesma na vida de cada individuo.

Retratando a Viena de 1885, a “viagem ao inconsciente”, se consolida com um jovem pesquisador que se interessa por casos de histeria, que era tratada como fingimento ou formas de escape de responsabilidades tanto pessoais como sociais, além de ser associada às mulheres.

Esse jovem pesquisador, Freud, contrariando a ciência e convenções sociais da época, juntamente com Breuer outro pesquisador da histeria, começam a realizar experiências com hipnoses, a qual seria a forma mais direta e rápida se encontrar o inconsciente de um indivíduo. No entanto, a hipnose não consolidaria a cura da histeria e outras psicoses, e sim numa simulação.

Contudo, Freud começa a elaborar uma metodologia diferente, através de uma conversa, aparentemente sem compromisso, porém com o decorrer o paciente vai liberando informações de forma inconsciente, através de atos falhos, por exemplo, que o analista coordena e traça uma analise. Isso foi chamado de associação livre. Isto é percebido no caso Cecily, que Freud assumiu do Dr. Breuer, pois a moça teria feito uma transferência da imagem do pai para o médico. Nisto Freud, começa a elaborar o que mais tarde vai ser chamado de mecanismos de defesa, onde o consciente luta para subjugar o inconsciente.

Em paralelo, Freud também sofre com sonhos e conflitos do se “eu”. E ao avaliar também os sonhos de Cecily, ele passa a considerar a analise dos sonhos como alegorias que transmitem informações do inconsciente, por vezes por meio de charadas, metáforas ou fábulas.

A repressão do “eu” e as emoções nela contidas, podem num momento ser descarregadas de formas equivocadas, as chamadas neuroses ou histerias. Daí a hipótese: Será que essas neuroses possuem raízes na infância?  Freud, em suas analises dos sonhos e das associações livres, supõe que a sexualidade seria um estopim para desencadeamento de traumas e neuroses. Assim, ele constitui as fases de formação da sexualidade e das possíveis fixações que um individuo podem adquirir. Isso fica visível nos sonhos de Cecily com símbolos de formatos fálicos, como a torre, e nos sonhos de Freud, com a pulseira da mãe em forma de cobra. Mas tarde, em exposição de sua teoria, ele denomina essa formação sexual de complexo de Édipo.

Sua teoria causa repulsão em Breuer e mais tarde em todos os demais da sociedade científica, mas Freud afirma que o inconsciente é atemporal e o “mundo tira a inocência das crianças” que, portanto, não há culpados nos crimes e abusos que promovem traumas que desencadeiam neuroses, pois, segundo Freud, a superação do complexo de Édipo é tarefa de cada criança, quando se consegue ela se torna um ser humano “completo”, mas quando não se tem êxito se realiza um neurótico.

No fim do longa metragem, pode se destacar frases que retratam muito bem a busca incessante de Freud pelo saber, como por exemplo: “ (...) de erros em erros chega-se a verdade”, mesmo que essa verdade incomode e crie aversão à sociedade, como na época do Freud ocorreu; e uma outra mensagem, ‘conhece-te a ti mesmo”, que seria o principio da sabedoria, a qual seria a única forma de se vencer a mais antiga inimiga da humanidade, a vaidade.


Michel Sampaio Ferreira








sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Teoria Psicanalítica


A Teoria Psicanalítica

Formado em medicina e especializado em tratamentos para doentes mentais, Sigmund Freud, austriaco, criou uma nova teoria. Esta estabelecia que as pessoas que ficavam com a mente doente eram aquelas que não colocavam seus sentimentos para fora. Segundo Freud, este tipo de pessoa tinha a capacidade de fechar de tal maneira esses sentimentos dentro de sua mente, que, após algum tempo, esqueciam-se da existência.
O método básico da Psicanálise é a interpretação dos sonhos das pessoas, da transferência e da resistência com a análise da livre associação, neste último ele fazia com que seus pacientes falassem qualquer coisa que lhes viessem à cabeça. Escutando o analisado, o analista tenta manter uma atitude empática de neutralidade. Uma postura de não-julgamento, visando a criar um ambiente seguro.
Com este método ele era capaz de desvendar os sentimentos “reprimidos", ou seja, aqueles sentimentos que seus pacientes guardavam somente para si, após desvendá-los ele os estimulava a colocarem esses sentimentos para fora. Desta forma ele conseguiu curar muitas doenças mentais.
Nos primeiros trabalhos, Freud sugeria que a mente é constituída por três sistemas: o consciente, o pré-consciente e o inconsciente. Os sistemas consciente (seria pequena e insignificante, preservando apenas uma visão superficial de toda a personalidade.) e pré-consciente interagem em todos os momentos, pois aquilo que é consciente num determinado momento, quando a atenção é desviada, passa ao sistema pré-consciente, cujas informações armazenadas, apenas com um esforço para lembrar, passa ao sistema consciente. Já o sistema inconsciente (imensa e poderosa porção inconsciente conteria os instintos, ou seja, as forças propulsoras de todo comportamento humano) não permite que as informações sejam lembradas, há uma energia barrando-as. Esta é a Teoria Topográfica. Porém, além da barreira contra a penetração no inconsciente, há grupos de conteúdos relacionados entre si funcionalmente. Esta é a Teoria Estrutural, que divide as estruturas em: ID que contém a libido, onde as forças buscam a satisfação imediata sem tomar conhecimento das circunstâncias da realidade. Funcionam de acordo com o princípio do prazer, preocupadas em reduzir a tensão mediante a busca do prazer e evitando a dor; O EGO serve como mediador, um facilitador da interação entre o ID e as circunstâncias do mundo externo. O EGO representa a razão ou a racionalidade, ao contrário da paixão insistente e irracional do ID. O EGO tem consciência da realidade, manipula-a e, dessa forma, regula o ID. O EGO obedece ao princípio da realidade, refreando as demandas em busca do prazer até encontrar o objeto apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão; O SUPEREGO desenvolve-se desde o inicio da vida, quando a criança assimila as regras de comportamento ensinadas pelos pais ou responsáveis mediante o sistema de recompensas e punições, quando formado o SUPEREGO, o comportamento é determinado pelo autocontrole. Nesse ponto, a pessoa administra as próprias recompensas ou punições.

Cada estrutura vai se diferenciando ao longo do desenvolvimento, exceto o ID, que compreende a totalidade da mente no nascimento. O EGO começa a se diferenciar por volta dos seis à oito meses, completando-se entre dois e três anos. Já o SUPEREGO inicia a sua diferenciação entre cinco e seis anos e termina até os dez ou onze anos. 

Frutos dessa dialética, que se refere às defesas do EGO contra o ID, e são de natureza, em sua maioria, inconsciente, surgem os mecanismos de defesa, ou seja, processos subconscientes, que procuram a solução para conflitos não resolvidos ao nível da consciência. São os mecanismos de defesa:


Repressão -  afastar ou recalcar da consciência um afeto, uma idéia ou apelo do instinto. Um acontecimento que por algum motivo envergonha uma pessoa pode ser completamente esquecido e se tornar não evocável;

Defesa de reação - consiste em mostrar um método e expor sentimentos, ambos opostos aos impulsos verdadeiros, quando estes são inconfessáveis.

Projeção - consiste em atribuir ao outro um desejo próprio, ou atribuir a alguém, algo que justifique a própria ação

Regressão - é o retomar as atitudes passadas, que provaram ser gratificantes e seguras para pessoa, e às quais a pessoa busca voltar para fugir de um presente angustiante. Devaneios e memórias que se tornam recorrentes, repetitivas.

Substituição - O inconsciente, em suas duas formas, está impedido de manifestar-se diretamente à consciência, mas consegue fazê-lo indiretamente. A maneira mais eficiente para essa manifestação é a substituição, isto é, o inconsciente oferece à consciência um substituto admissível por ela e por meio do qual ela pode satisfazer o Id ou o Superego. Os substitutos são imagens (representações analógicas dos objetos do desejo) e formam o imaginário psíquico que, ao ocultar o verdadeiro desejo, o satisfaz indiretamente por meio de objetos substitutos (a chupeta e o dedo, para o seio materno; tintas e pintura ou argila e escultura para as fezes, uma pessoa amada no lugar do pai ou da mãe, de acordo com as fases da sexualidade).

Além dos substitutos reais, outros substitutos como o imaginário inconsciente oferece, sendo frequentes os sonhos, os lapsos e os atos falhos. Neles, realizamos desejos inconscientes, de natureza sexual. São a satisfação imaginária do desejo.

Sublimação - A sublimação consistitui adoção (assumir) de um interesse ou de um comportamento que possa enaltecer comportamentos que são instintivos de raiz. Para Freud as obras de arte, as ciências, a religião, a Filosofia, as técnicas e as invenções, as instituições sociais e as ações políticas, a literatura e as obras teatrais são sublimações, ou modos de substituição do desejo sexual de seus autores e esta é a razão de existirem os artistas, os místicos, os pensadores, os escritores, cientistas, os líderes políticos, etc.

Transferência - Freud afirmou que a ligação emocional que o paciente desenvolvia em relação ao analista representava a transferência do relacionamento que aquele havia tido com seus pais e que inconscientemente projetava no terapeuta.

Isolamento - consiste em isolar, isto é, em separar um pensamento ou uma ação do seu contexto geral. Esse mecanismo está habitualmente presente na neurose obsessiva e traduz-se em atitudes que pretendem diminuir a ansiedade que o sujeito sente diante certos sentimentos. O obsessivo faz rituais, compulsões sistemáticas para romper com as ideias que o perturbam.


No entanto, não é possível abordar diretamente o Inconsciente, o conhecemos somente por suas formações: atos falhos, sonhos, chistes e sintomas. É nesse sentido que Freud formulou a expressão Psicopatologia da vida cotidiana. Pode-se prever que a mente inconsciente é um outro "eu", e essa é a grande idéia de que temos no inconsciente uma outra personalidade atuante, em conjuntura com a nossa consciência, mas com liberdade de associação e ação. Através de experiências de hipinoses com fim de tratamento de psicoses e compreensão do Inconsciente, Freud, começou a formular hipóteses sobre a continuidade do inconsciente, ou seja, os pensamentos inconscientes que vão surgindo não aparecem por acaso, existe uma continuidade, porém a qual é impedida por alguma forma de se revelar ao consciente e não é de fácil acesso como o pré consciente. Essa continuidade da vida mental é denominada determinismo psíquico e está ligada à hipótese de que existem processos mentais dos quais o indivíduo não se dá conta, pois são inconscientes.

A ação do Inconsciente e representada pelo o impulso é um constituinte psíquico, geneticamente determinado, que produz um estado de tensão quando em ação. As respostas motoras do indivíduo são aperfeiçoadas com a experiência. Este constituinte psíquico é movido por uma energia denominada libido ou energia agressiva, e a quantidade de energia empregada num objeto é a catexia. Os impulsos são classificados como sexual e agressivo. Embora sejam classificações contraditórias, não existe um ato que aconteça sem a presença dos dois, mesmo que em quantidades diferentes. 

Gradativamente a criança vai se distinguindo de outros objetos e reconhecendo o objeto de mais importante fonte de gratificação, o próprio corpo. Essa libido autodirigida é denominada narcisismo, o que é um estágio normal do desenvolvimento. As relações mais importantes desta fase são as relativas ao Complexo de Édipo e constituem fundamental importância para o desenvolvimento, pois têm um significado bastante importante. Durante o Complexo de Édipo a criança deseja eliminar o genitor do mesmo sexo e seduzir o do sexo oposto. Onde, no caso do menino, o medo é da castração, abandonando e reprimindo os desejos edipianos. Já a menina sente-se fracassada e inferiorizada por não possuir um pênis e sente raiva da mãe por ter permitido que assim ela nascesse.

Mesmo evoluindo o desenvolvimento psicossexual, o indivíduo pode ainda catexizar a energia no objeto original de uma fase, o que é chamado de fixação, a qual em proporções excessivas pode ter uma conseqüência patológica. Essas fases, oral, anal, fálica e genital, podem ser catexizadas tanto de impulsos sexuais quanto agressivos.
Contudo, ao estudar a teoria da psicanálise não se pode esquecer do estado anormal do indivíduo que é estudado como psicopatologias. Para que seja diagnosticada a psicopatologia são verificados os sintomas que o indivíduo apresenta não são feitos exames porque não existem lesões. -Os Mecanismos de defesa, nesse sentido se tornam indicadores das psicopatologias de um individuo, pois se apresentam em todas as pessoas. E só se tornam anormais quando aparecem excessivamente, além do fato de que quando os Mecanismos de defesa falham, podem ocorrer transformações mais agressivas no comportamento; como perturbações psicológicas graves, sendo um efeito da psicose.
Há de se ressaltar que além da identificação dos conflitos psíquicos, considera-se também o fator da hereditariedade na etiologia das psicopatologias. Porém, não existe uma linha divisória entre o normal e o patológico, o que acontece é uma evolução gradativa do normal para o anormal.
Os objetivos da psicanálise, de permitir a compreensão do comportamento humano, visto que o homem não guia sua própria mente e sim o seu inconsciente, vem sendo cada vez mais respeitados e aceitados pela comunidade científica, haja vista, que por ser uma ciência relativamente nova, possui ainda um vasto campo de estudo não explorado.



 Michel Sampaio Ferreira


REFERENCIAS:


http://www.psicoloucos.com/Psicanalise/id-ego-e-superego.html

http://www.suapesquisa.com/biografias/freud.htm

http://www.webartigos.com/artigos/introducao-a-teoria-da-psicanalise/19134/#ixzz295ogNU00



domingo, 7 de outubro de 2012

Gestalt & Behaviorismo



Gestalt & Behaviorismo



A psicologia do Gestalt é um movimento que atua na área da teoria da forma, pois, Gestalt é uma palavra de origem germânica que significa “forma” ou “figura”. Outros nomes pra psicologia da Gestalt são “Gestaltismo”, “psicologia da forma” ou simplesmente “Gestalt“. Nesse sentido ele ajuda as pessoas a assimilarem informações e entenderem as mensagens que são passadas.

O conceito de Gestalt foi primeiro introduzido na filosofia e psicologia contemporânea por Christian Von Ehrenfels, mas o verdadeiro pai da Gestalt foi Max Wertheimer, cujo trabalho surgiu como resposta ao estruturalismo de Wilhelm Wundt (“um sistema no qual cada um dos elementos só pode ser definido pelas relações de equivalência ou de oposição que mantém com os demais elementos“).

Em termos mais gerais, se trata de um conjunto de entidades físicas, biológicas, fisiológicas ou simbólicas que juntas formam um conceito, padrão ou configuração unificado que é maior que a soma de suas partes. Nesse sentido, o princípio básico da Gestalt, é que o inteiro é interpretado de maneira diferente que a soma de suas partes, ou seja, o olho humano percebe um objeto como um inteiro antes de perceber suas partes individuais.

O Behaviorismo – do termo inglês behaviour ou do americano behavior, significando conduta, comportamento – é um conceito generalizado que engloba as mais paradoxais teorias sobre o comportamento, dentro da Psicologia. Os ramos principais desta teoria são o Behaviorismo Metodológico e o Behaviorismo Radical.

O Behaviorismo nasceu como uma reação à introspecção e à Psicanálise que tentavam lidar com o funcionamento interior e não observável da mente. Esta teoria psicológica também é chamada de comportamentalismo ou condutismo. 

O sentido de "Behaviorismo" foi sendo modificado com o correr do tempo e hoje já não se entende o comportamento como uma ação isolada do sujeito, mas uma interação entre o ambiente (onde o "fazer" acontece) e o sujeito (aquele que "faz"), passando o "Behaviorismo" a se dedicar ao estudo das interações entre o sujeito e o ambiente, e as ações desse sujeito (suas respostas) e o ambiente (os estímulos).

Eduard C. Tolman propõe o Neobehaviorismo Mediacional ao publicar, em 1932, sua obra Purposive behavior in animal and men. Na sua teoria, o organismo trabalha como mediador entre o estímulo e a resposta, ou seja, ele atravessa etapas que Tolman denomina de variáveis intervenientes – elos conectivos entre estímulos e respostas -, estas sim consideradas ações internas, conhecidas como gestalt-sinais.

Esta linha de pensamento conduz a uma tese sobre o sistema de aprendizagem, apoiada sobre mapas cognitivos – interações estímulo-estímulo – gerados nos mecanismos cerebrais. Assim, para cada grupo de estímulos o indivíduo produz um comportamento diferente e, de certa forma, previsível.  Por estas características presentes em sua teoria, este autor é considerado, portanto, um precursor da Psicologia Cognitiva.

Já o Behaviorismo Radical, como uma proposta filosófica sobre o comportamento do homem. Ele foi radicalmente contra causas internas, ou seja, mentais, para explicar a conduta humana e negou também a realidade e a atuação dos elementos cognitivos. Em resumo, ele acredita que o indivíduo é um ser único, homogêneo, não um todo constituído de corpo e mente.

Portanto, pode-se considerar que a Gestalt ao tratar da forma e do modo como o individuo  interage com o ambiente ao redor, torna-se uma teoria muito importante e basilar para o uso da analise do Behaviorismo, pois a mesma trata do comportamento do indivíduo, no qual a percepção de como o sujeito vêr o mundo (objeto da Gestalt) é fundamental.

Michel Sampaio Ferreira

REFERENCIAS:

http://euniverso.com.br/Psyche/Psicologia/comportamental/behavioris 
http://design.blog.br/design-grafico/o-que-e-gestalt-2#comments
http://www.infoescola.com/psicologia/behaviorismo/

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A Metáfora, Parábola, e Fábula em Psicologia



A Metáfora, Parábola, e Fábula em Psicologia



         A Psicologia deve buscar compreender o individuo a partir da inserção desse homem na sociedade. Nesse sentido, a ciência psicológica se utiliza de algumas técnicas e linguagens, sobre tudo simbólicas, como as metáforas, parábolas e fabulas.



       Metáfora vem a ser uma figura de linguagem em que há o emprego de uma palavra ou uma expressão, em um sentido que não é muito comum, em uma relação de semelhança entre dois termos. Metáfora é um termo oriundo do latim, onde "meta" significa “algo” e “phora” significa "sem sentido".



      Já a parábola, do grego parabole, significa narrativa curta, não raro identificada com o apólogo (narrativa semelhante a fabula, porém protagonizada por objetos inanimados). A parábola consiste num discurso que faz entender outro. Se valendo se fatos do cotidiano para explicar ou transmitir algo, ou seja, sempre com o objetivo de declarar ou ilustrar uma ou várias verdades.



     Fábula é uma narração breve cujas personagens via de regra são animais que pensam, agem e sentem como os seres humanos. Esta narrativa tem por objeitvo transmitir uma lição de moral. Logo se entende por moral como regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo. Derivado do latim mores, que significa relativo aos costumes, moral é definido como "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada" (Aurélio Buarque de Hollanda).

     Pode se afirmar, que essas linguagens, carregadas de simbolismos, se tornam ferramentas eficazes quando que se trata de estimulo do raciocínio lógico do indivíduo em diversos casos de psicoses.



Michel Sampaio Ferreira



REFERENCIAS:

BOCK, A.M.B. Formação do Psicólogo: um debate a partir do significado do fenômeno psicológico. 1997. Disponível: www.pepsic.dvsalud.org - Acessado em 18/09/2012, 15:43h

http://www.dicionarioinformal.com.br/moral/

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Conceitos de Psicologia, Psiquiatria, Psicanalise e Subjetividade

Conceitos: Psicologia, Psiquiatria, Psicanálise, Psicologia Organizacional 


Conceituações de Psicologia:


O Homem concreto é objeto da Psicologia: A Psicologia deve buscar compreender o individuo a partir da inserção desse homem na sociedade. O individuo só pode ser realmente compreendido em sua singularidade quando inserido na totalidade social e história que o determina e dá sentido a sua singularidade (BOCK, 1997)

 (...) Esses autores criticam a definição habitual de psicologia como ciência do comportamento, pois segundo eles, há dificuldades em definir comportamento, além de esta definição está enraizada nas correntes neopositivistas e materialistas. Nesse sentido, (...) ao ignorar o enfoque da subjetividade, a psicologia se torna refém do mito ou ideologia de cientifismo. Deve-se então recuperar o sentido da Psicologia como estudo da alma ou da subjetividade (...) onde a ‘alma’ pode ser vista como uma metáfora da psique. (SERBENA&RAFFAELLI, 2000)



Conceituações de Psiquiatria:

(...) ciência que se dedica ao estudo e tratamento das enfemidades mentais. Seu objetivo é prevenir, diagnosticar, tratar e reabilitar os transtornos da mente. (GRAEFF, 2008)
O alemão Emil Kraeplin (1856-1926) é citado como o ‘pai’ da Psiquiatria e foi o responsável por incluí-la no campo da Medicina. Seus tratamentos subdividem-se em biológico (medicamentos, eletrochoque...) e psicoterapia, (onde se recorre ás técnicas da Psicologia). Há, contudo corrente de pensamento que apontam a Psiquiatria como uma não ciência.


A obra – A Psiquiatria só será ciência, a última das ciências médicas – do médico Lewis Thomas, condiciona a cientificidade da Psiquiatria a ‘quando conhecermos com precisão o mecanismo fisiopatológico das doenças mentais’. Segundo o autor isso está muito longe de acontecer, devido a complexidade do cérebro e ao peso dos fatores psicológicos. (SABBATINI, 1998)


Conceituações de Psicanálise:


Sigmund Freud, austriaco, considerado o fundador da Psicanálise, a qual seria uma vertente da Psicologia que busca explicar a mente humana a partir da sexualidade e das experiências infantis.


A teoria psicanalítica é composta por um corpo de hipóteses a respeito do funcionamento e desenvolvimento da mente do homem ela se interessa tanto pelo funcionamento mental normal como pelo patológico, embora a prática da psicanálise consista no tratamento de pessoas que acham enfermas. (VINICIUS, 2007)


Conceituações de Psicologia Organizacional:


O termo Psicologia Organizacional e do Trabalho empregado desde a década de 1990, tem por objetivo contemplar a atual diversidade da área, de modo a propor a existência de dois grandes eixos de fenômenos que envolvem aspectos psicossociais: ‘as organizações’, enquanto ferramenta social formado de coletivos humanos e o ‘trabalho’, enquanto atividade básica do ser humano reprodutora de sua própria existência e da sociedade (BASTOS, 2003 in TONETTO-orgs, 2008)


A Psicologia Organizacional refere-se ao estudo do comportamento e da subjetividade das pessoas no contexto das organizações (CAMARGO, 2009 in TONETTO-orgs, 2008)


Conceituação de Subjetividade:


Seria a constituição realizada por processos sociais e psicológicos que moldam a experiência subjetiva em diferentes momentos e históricos. (MEZAN, 1998)


Michel Sampaio Ferreira




REFERÊNCIAS


BOCK, A.M.B. Formação do Psicólogo: um debate a partir do significado do fenômeno psicológico. 1997. Disponível: www.pepsic.dvsalud.org - Acessado em 18/09/2012, 15:43h
GRAEFF. F. Neurociência e Psiquiatria. 2008. Disponível: www.scielo.br/pdf/iod/pc/v18n1/v18n1a03.pdf - Acessado em 18/09/2012, 17:45h
LAPYRE, M; SAURET, M.J. A Psicanálise como ciência. 2008. Disponível: www.spid.com.br/revistas/r402 - Acessado em 18/09/2012, 17:34h.
MEZAN, R. O tempo de muda: Ensaios de Psicanálise. 1998. Disponível: www.books.google.com.br – Acessado em 20/09/2012, 01:12h.
SABBTINI, R. Psiquiatria é ciência? Jornal Correio Popular, Campinas, 03/07/1998.
SERBENA, C.A; RAFFAELLI, R. Psicologia como disciplina ciêntifica e discurso sobre a alma: Problemas epistemológicos e ideológicos. 2000. Disponível: www.scielo.br/pdf/pe/pc/v8n1/v8n1a05.pdf - Acessado em 18/09/2012, 16:02h
TONETTO, A.M; AMAZZRAY, M.R; KOLLER, S.H; GOMES, W.B. Psicologia Organizacional e do Trabalho no Brasil: desenvolvimento científico contemporâneo. 2008. Disponível: www.scielo.br/pdf/psoc/v20n2/a03v20n2.pdf - Acessado em 20/09/2012, 00:15h.
VINICIUS, M. Conceitos da psicanálise e evidencia da Neurociência. 2007. Disponível: www.sbpi.org.br/redator - Acessado em 19/09/2012, 17:26h.

Sofisma, Maniqueísmo e o Materialismo Dialético


CORRELAÇÕES ENTRE SOFISMA, MANEQUÍSMO E O MATERIALISMO DIALÉTICO



 Segundo Japiassu&Marcondes(2001) sofisma vem a ser o raciocínio que possui aparentemente a forma de um silogismo - método de dedução de uma conclusão a partir de duas premissas, por implicação lógica - sem que o seja, sendo usado assim de modo a produzir a ilusão de validade, e tendo como conclusão um paradoxo ou um impasse. Ex.: Este cão é meu, este cão é pai: logo, este cão é meu pai. Segundo Platão e Aristóteles, os sofistas usavam esse tipo de raciocínio para provocar a perplexidade em seus interlocutores ou para persuadi-los. Aristóteles, em seu tratado Refutações sofisticas, analisa os vários tipos de sofismas de modo a revelá-los como falaciosos. Nesse sentido falácia (do lat. ja/tcrr: enganoso) é considerado como argumento envolvendo uma forma não-válida de raciocínio. Argumento errôneo, que possui a aparência de válido, podendo isso levar à sua aceitação.

O maniqueísmo (do lat. tardio manichaeus, do gr. tardio manichaèos, de Manichaios: Maniqueu, do persa Manes, o fundador da seita) é considerada como doutrina criada por Manes (século III), que se difundiu pelo Império Romano e pelo Ocidente cristão, florescendo nesse período. Combina elementos do zoroastrismo, antiga religião persa, e de outras religiões orientais, além do próprio cristianismo. Mantém urna visão dualista radical, segundo a qual encontram-se no mundo as forças do *bem ou da luz, e do *mal, ou da escuridão, consideradas princípios absolutos, em permanente e eterno confronto. O maniqueísmo teve grande influência nos primórdios do cristianismo, sendo combatido por santo Agostinho, que inicialmente o havia adotado. (JAPIASSU&MARCONDES, 2001)

Em um sentido genérico, "visão maniqueísta" é aquela que reduz a consideração de uma realidade a uma oposição simplista entre algo que representaria o bem e algo que representaria o mal.

De maneira que o bem seria tudo o que possui um *valor moral ou físico positivo, constituindo o objeto ou o fim da ação humana. Para Aristóteles, o bem é "aquilo a que todos os seres aspiram"; "O bem é desejável quando ele interessa a um indivíduo isolado; mas seu caráter é mais belo e mais divino quando se aplica a um povo e a Estados inteiros. O Soberano Bem é identificado com Deus: "O Soberano Bem do espírito é o conhecimento de Deus, e a soberana virtude do espírito é a de conhecer Deus" (Espinosa). Assim, o Soberano Bem é o ponto culminante das morais da perfeição.

Logo, o mal, Em um sentido geral, tudo que é negativo, nocivo ou prejudicial a alguém. "Podemos considerar o mal em um sentido metafísico, físico ou moral. O mal metafísico consiste na simples imperfeição, o mal físico no sofrimento. e o mal moral no pecado" (Leibniz). Por um lado, temos o mal como privação, falta, ausência, identificando-se com o não-ser, como algo que não existe em um sentido absoluto, mas apenas como imperfeição, uma limitação de um ser. Assim, a ignorância seria um mal. a imprudência seria um mal etc. (JAPIASSU&MARCONDES, 2001)

Nesse sentido, se fôssemos perfeitos, seríamos Deus, e não mais haveria criação. Toda criatura é menos perfeita que seu criador, somente Deus é incriado. Mas por que o bom Deus permitiu que ficássemos submeti-dos ao sofrimento e ao pecado? A resposta do cristianismo é que o mal é uma provação cuja recompensa será infinita no paraíso. *Kant faz uma distinção entre a "maldade" que reside no ato de se fazer o mal acidentalmente, e a "malignidade diabólica", que procede da vontade de se fazer o mal pelo mal, e concebe a má ação como o resultado de uma escolha deliberada.

A se tratar de maniqueísmo associa-se também a religião que em seu sentido geral e sociocultural, a religião é um conjunto cultural suscetível de articular todo um sistema de crenças em Deus ou num sobrenatural e um código de gestos, de práticas e de celebrações rituais. Toda religião acredita possuir a verdade sobre as questões fundamentais do homem, mas apoiando-se sempre numa fé ou crença. Sendo assim, ela se distingue da filosofia, pois esta pretende fundar suas "verdades" ou tudo o que diz nas demonstrações racionais. (JAPIASSU&MARCONDES, 2001)

Sobre o materialismo Na filosofia clássica (sobretudo no *atomismo, *epicurismo e *estoicismo), doutrina que reduz toda a realidade à *matéria, embora o próprio conceito de matéria possa variar bastante, bem como variam as respostas às muitas dificuldades geradas por esta concepção. De modo geral, portanto, o materialismo nega a existência da alma ou da substância pensante cartesiana, bem como a realidade de um mundo espiritual ou divino cuja existência seria independente do mundo material. O próprio pensamento teria uma origem material, como mm produto dos processos de funcionamento do cérebro. (JAPIASSU&MARCONDES, 2001)

A respeito da dialética Marx faz da dela um método. Insiste na necessidade de considerarmos a realidade socioeconômica de determinada época como um todo articulado, atravessado por contradições específicas, entre as quais a da luta de classes. A partir dele, mas graças sobretudo à contribuição de Engels, a dialética se converte no método do materialismo e no processo do movimento histórico que considera a Natureza: a) como um estado de mudança e de movimento: b) como um todo coerente em que os fenômenos se condicionam reciprocamente;  c) como a sede das contradições internas seus fenômenos tendo um lado positivo e o outro negativo, um passado e um futuro. O que provoca a luta das tendências contrárias que gera o progresso (Marx-Engels): d) como o lugar onde o processo de crescimento das mudanças quantitativas gera por acumulação e por saltos, mutações de ordem qualitativa. (JAPIASSU&MARCONDES, 2001)

              Destas considerações de Engels sobre a Natureza se formula quatro leis:


          
          Primeira lei: A mudança dialética que começa por contatar que nada fica onde está nada permanece o que é. Nisto, se observa o movimento dialético e a consideração de que não existe nada de definitivo. Ou seja, há o autodinamismo.

         
         Segunda lei: A ação recíproca, que por meio do encadeamento de processos nos conduz a estudos minuciosos e completos. Temos assim, um encadeamento de processos, que nos demonstra que tudo influi sobre tudo. Nesse sentido, ocorre-se o desenvolvimento Histórico ou em espiral afirmando que o mundo, a natureza a sociedade constituem um desenvolvimento que é histórico, e, em linguagem filosófica, se chama desenvolvimento em espiral.

   
      É a missão em particular do materialismo dialético – reunir todas as descobertas particulares de cada ciência, para fazer a síntese, e dar assim, uma teoria que nos torne cada vez mais, como dizia Descartes, mestres e possuidores da natureza.


     Terceira lei: A contradição onde as coisas se transformam na sua contraria, pois a dialética nos ensina que as coisas não são eternas: tem um começo meio e fim, a morte.


        Toda coisa é ao mesmo tempo, ela própria e sua contraria. Assim no interior de cada coisa existem forças opostas, e estas lutam. Uma coisa é movida por forças que se chocam, pois estas estão em direções opostas. Neste processo tem-se a afirmação – chamada também Tese, negação – ou Antítese, negação da negação – ou Síntese. Onde uma coisa começa por ser uma afirmação que sai de uma negação e a destruição é uma negação. Isto se dá pelo fato de haver a unidade das contrarias, ou seja, uma coisa não só se transforma na sua contraria, ela é ao mesmo tempo ela própria e sua contraria.


       Quarta lei: Transformação da qualidade e quantidade ou lei do progresso por saltos a qual afirma que quando uma coisa não muda de natureza, temos uma mudança quantitativa (no exemplo da água, uma mudança de grau de calor, mas não de qualidade). Muda-se a natureza, quando se torna outra coisa, a mudança é qualitativa.

     
       Contudo, pode se considerar que o sofisma, em sua maneira de emitir falácias com fim de consolidar uma suposta verdade, possui tênue fronteira com a doutrina do maniqueísmo, a qual em seu esforço em reduzir o mundo entre o bem e o mal, pode por vezes utilizar-se de sofismas para realizar-se. Com mesmo fim, a verdade, mas com um viés mais filosófico-ciêntífico, o materialismo dialético em sua complexidade de investigação tenta, de certo modo, contrariar ou desacreditar os sofismas e maniqueísmo existentes e consolidados como verdades absolutas.




Michel Sampaio Ferreira



REFERENCIAS


http://culturareligare.wordpress.com/leis-da-dialetica/

http://meuladoexistencial.blogspot.com.br

JAPIASSÚ, Hilton. MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. 3ª edição revista e ampliada. Jorge Zahar Editora. Rio de Janeiro, 2001. Digitalizado por TupyKurumin.